Veja 5 civilizações africanas tão grandiosas quanto a do Egito

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1) Império de Axum

Enquanto uma revolução cristã ocorria na Europa, um poderoso reino emergia no continente africano. Na atual Etiópia, o Império Axum tornou-se um dos maiores mercados do nordeste da África, com grande poder comercial e naval, dominando a costa do Mar Vermelho durante séculos.

Os vestígios deste reino datam de 5 a.C., mas seu apogeu se deu por volta de meados do século 4 d.C., quando os Axumitas levaram o reino Kush, seu rival, à ruína.

Influenciando outras superpotências na África, Europa e Ásia, esse império contava com uma multidão de visitantes estrangeiros. Um escritor persa classificou Axum como “uma das quatro maiores potências do mundo”. Ainda assim, pouco se sabe sobre essa impressionante civilização africana. 

O reino de Axum continuou imponente até o século 11 d.C., época em que o islamismo já havia se expandido pela Península Arábica e conquistado boa parte dos territórios do reino. A população do Império foi forçada ao isolamento político, o que levou seu declínio comercial e cultural.

2) Império do Gana



Na Gana antiga, assentada sobre uma imensa mina de ouro, havia um reino tão rico que até mesmo seus cães usavam colares feitos de metal precioso.

Com planejamento estratégico, líderes poderosos e uma abundância de recursos naturais, o Império do Gana tinha grande influência. Negociava com europeus e norte-africanos, importando livros, tecidos e cavalos em troca de ouro e marfim. Comerciantes árabes muitas vezes passavam meses tentando chegar ao reino para fazer negócios.

Se alguém fosse acusado de violar a lei no Gana, essa pessoa era forçada a beber uma mistura acre de madeira e água. Se vomitasse a mistura, era considerada inocente. Caso contrário, era considerada culpada e punida pelo rei.

Apesar de impedir muitas invasões, o império eventualmente entrou em colapso em 1240. Isolado do comércio e enfraquecido por seus rivais, Gana foi absorvido pelo crescimento do Império do Mali.


3) Império do Benin



No que é hoje a Nigéria, o Império do Benin começou quando o povo Edo cortou árvores na floresta tropical do Oeste Africano. Por volta de 1400, o pequeno povoado se desenvolveu em um poderoso reino.

Com um gosto incomum para bronze nos seus palácios deslumbrantes, Benin também utilizava cobre em suas obras de arte, estátuas e placas que descrevem cenas de batalha sangrentas.

Quanto à negociação, Benin encontrou sua riqueza no comércio com reinos africanos do norte devido à sua localização próxima ao rio Níger. No extremo sul do império ficava o Oceano Atlântico, o que permitiu que seus navios trocassem mercadorias com outros povos, tais como pedras de coral, pimenta e pele de leopardo.

A civilização chegou ao fim quando os britânicos invadiram a região, tomaram os recursos de Benin e queimaram o império.

4) Império do Mali


O Império do Mali foi uma grande civilização africana que prosperou entre os séculos 13 e 16. Fundado por um homem chamado Sundiata Keita (também conhecido como Rei Leão), o império estava localizado na região do atual Oeste Africano.

Enquanto o Rei Leão foi um governante impressionante, o império floresceu mais sob o comando de Mansa Musa, que detém o título de homem mais rico da história. Sua fortuna era estimada em gritantes US$ 400 bilhões, um montante que envergonha até Bill Gates.

Musa criou Timbuktu, a capital do Mali e principal centro de educação e cultura da África, permitindo que estudiosos de todo o continente aprendessem ali.

Como Benin, Mali foi bem-sucedida no comércio devido à sua localização junto ao rio Níger. No entanto, foi saqueado por invasores do Marrocos em 1593. Isso enfraqueceu o império e Mali logo deixou de ser uma entidade política importante.

5) Império de Songhai



A sede do império Songhai ficava onde atualmente é a região central do Mali, se estendendo para oeste em direção à costa atlântica e para leste na direção dos atuais Níger e Nigéria. Com uma duração de quase 800 anos, o reino foi considerado um dos maiores impérios do mundo entre os séculos 15 e 16.

Tal como outros reinos africanos, Songhai derivou a maior parte de sua riqueza do comércio, que era extremamente seguro devido ao exército de 200.000 pessoas localizado ao longo de suas fronteiras. O império submetia milhares de etnias, mantidas juntas por uma burocracia governamental centralizada.

As dificuldades no controle do Império, que atingia enormes proporções, foram a causa de sua queda. Songhai entrou em conflitos internos que, em fins do século 16, levaram ao seu desmembramento em grupos menores.



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